Faturamento do mercado pet pode ser o dobro do atual


O faturamento do mercado pet ainda é subestimado e pode representar o dobro do atual – o primeiro trimestre movimentou R$ 51,7 bilhões, segundo o Instituto Pet Brasil.

 A afirmação, do médico veterinário e professor Marco Antonio Gioso, parte do princípio de que a grande maioria dos equipamentos de exames de saúde das clínicas e hospitais veterinários, assim como dos medicamentos usados nos bichinhos, são de uso humano. E essas vendas acabam não sendo contabilizadas no segmento animal.

Gioso foi um dos participantes da live promovida pela Capri Venture Builder, criada em janeiro com o propósito de transformar o ecossistema pet. “Trata-se de um montante expressivo para o segmento, a julgar que neste exato momento há algum veterinário comprando um aparelho de ultrassom ou prescrevendo um quimioterápico ou uma vacina”, afirma.

Segundo ele, cerca de 70% dos equipamentos usados na veterinária são da área humana. Além disso, o setor vê um aumento no número de animais de estimação, especialmente com a deflagração da pandemia, e a expectativa de vida dos bichinhos sobe na mesma proporção.

Faturamento do mercado pet em franca ascensão x informalidade

Para Milton Yuki, conselheiro da Capri Venture Builder, o segmento ainda vai passar por profundas transformações e é preciso se antecipar nesse processo de inovação aberta. “O faturamento do mercado pet vive um período de franca ascensão, mas o varejo ainda está muito ligado ao modelo convencional da loja física. Nossa proposta é desbravar esse segmento no digital, com oferta de teleconsulta veterinária, rastreamento das operações e a estruturação de um marketplace capaz de integrar pet shops, clínicas, tutores, distribuidoras e indústrias”, avalia.

E uma das maiores dores do mercado pet é a informalidade. “O segmento está se profissionalizando de forma tão rápida que, se uma empresa não estiver legalizada plenamente, está fadada a morrer”, explica o professor Gioso, responsável por criar a disciplina de empreendedorismo na USP.

Primeira venture builder do setor pet

Focada em pássaros e aves, a Capri Venture Builder planeja desenvolver um ecossistema para criadores e provedores de produtos para estes animais, além de ampliar o portfólio de serviços disponíveis para o segmento. A  Anilhas Capri, empresa líder na identificação de animais silvestres, firmou parceria com a FCJ Venture Builder para a criação da primeira venture builder do mercado pet.

O objetivo é desenvolver startups especializadas no segmento e também na atividade varejista. Uma das estratégias é estimular novas soluções que beneficiem os criadores de pássaros e aves, que representam o segundo maior grupo de animais de estimação no Brasil.

 

Fonte: Panorama PetVet

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